domingo, 28 de junho de 2009

MJ

Antes de eu saber o que era pop, eu já ouvia as suas músicas. Antes de eu saber o que era coreografia, eu já tentava dançar igual a ele. Antes de saber o que era um videoclipe, eu já me assustava vendo "thriller". Antes de eu saber o que era um superstar, eu já o conhecia, mesmo morando em um cidadezinha minúscula no interior do nordeste. Quando passei a morar na "cidade grande", uma vizinha que eu tinha era sua fã, e eu passei a infância ouvindo os seus álbuns. Quando descobri o que era música e o "maravilhoso mundo da MTV", eram os seus clipes dos anos 90 os que eu mais assistia. Quando me tornei fã de alguns artistas, era ele uma de suas grandes influências. Teve uma época quando eu era adolescente (e na adolescência você sempre nega algumas coisas da infância) que eu deixei de gostar dele. Mas, um tempo depois, quando eu comecei a sentir nostalgia de muitas coisas de quando eu era garoto, ele foi logo uma destas lembranças. Quando eu comecei a conhecer um pouco mais de música, percebi que ele não tinha o sucesso que tinha por acaso, mas porque até hoje seu estilo e sua obra são, assim como os Beatles, a base da música pop. Mas, o tempo passou, e ele começou a ser falado por outros motivos (como se outra coisa fosse mais importante). E ele começou a decair... Três dias atrás, ouvindo rádio na casa dos meus amigos, eu soube que ele partiu, justamente quando queria se reerguer. E, agora, escrevendo este texto, eu me emociono. Não por estar comovido com a sua morte, mas por perceber que durante toda a minha vida, até hoje, sua música esteve presente. E por compreender que se hoje escrevo, pesquiso e falo sobre música é porque, quando eu era um garoto, eu queria ser como ele. Obrigado Michael. Don't matter if you were black or white.

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