domingo, 23 de março de 2008

CHEGA DE MORBIDEZ!!

Amy louca de droga. Britney Surtada. Na rádio bandas com nomes como Funeral For A Friend (funeral para um amigo) e músicas com títulos como “The Kill” (o assassinato). E isso não é de hoje. Desde o movimento punk (que pelo menos tinha um caráter político) nos Anos 70, passando pelo Rock Gótico nos Anos 80 (que contra-balanceava o exagero colorido do pop com o exagero de maquiagem e roupas escuras) e o Grunge nos Anos 90 (cujo maior nome é Kurt Cobain, que foi encontrado morto em 1994), o rock canta suas dores, depressões, impulsos suicidas e mórbidos. Tá, tudo bem! Fazer o depressivo até é legal, adolescência é uma fase confusa, o mundo é uma merda e vamos morrer todos com o aquecimento global! Mas se é para flertar com a tristeza, pelo menos o façamos com a poesia de um Cartola, a elegância do Arcade Fire ou a experimentabilidade de um Joy Division. O resto é o que os teóricos da comunicação chamariam de Estandardização, ou simplesmente Publicidade. Por isso, eu resolvi contra-balancear também, com um clipe tão pop e uma música tão radiofônica quanto os emos de plantão. Mas, num momento em que quanto pior parece melhor, ou em que as gravadoras descobriram que tristeza (digo, a carnavalização desta) dá lucro (o que é um contra-senso, porque melancolia denota interioridade, recolhimento, reflexão), ouvir algo feliz e despreocupado chega a ser fora de contexto (ou fora de Mercado, se preferir).

Né não, Natalie?

Garota alternativa!

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