sábado, 27 de novembro de 2021

Darren Hayes retorna em nova parceria

Após anos sem lançar nada, o cantor australiano Darren Hayes, ex-vocalista da saudosa banda Savage Garden, retorna com uma nova música, em parceria com o DJ britânico Louis La Roche. A faixa, intitulada "Cold To Me", está no novo álbum We're So Different de Louis.

Mesmo após tanto tempo, parece que Darren não perdeu a boa veia oitentista que possui, apresentando uma faixa pop eletrônica, no estilo adult contemporary característico de sua carreira. Recentemente, o cantor também teve uma de suas composições incluída no novo álbum do grupo britânico Steps, intitulada "A Hundred Years of Winter".

Em 2019, Hayes também havia participado do single "I Never Cried So Much" da banda australiana Cub Sport, e em 2017 de um tributo ao cantor Prince, interpretando o sucesso "Wish U Heaven". Enquanto um novo álbum do cantor não aparece no horizonte, confira a excelente "Cold To Me":


Já queremos clipe!

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Natalie Imbruglia "renasce" em novo álbum

Se tivesse que definir o novo álbum de Natalie Imbruglia com apenas uma palavra, seria maturidade. Depois de mais de dez anos desde seu último disco de inéditas, Come To Life, a bela cantora retorna com um trabalho cheio de relevos, e com a firmeza de quem possui mais de duas décadas na música.

É aquela maturidade que só se adquire com a experiência, com os altos e baixos da carreira, e com momentos na vida que nos fazem evoluir. Nestes últimos dez anos, Natalie teve um álbum excelente cancelado no Reino Unido, passou por um bloqueio criativo, afastou-se da indústria, retornou com um álbum de covers (Male), tornou-se mãe solo, trabalhou com diversos músicos e retomou sua confiança como compositora.

Seu novo trabalho, lançado em setembro pela BMG, traz uma aura de renascimento que não teria título mais apropriado para a obra: Firebird, a ave que ressurge das cinzas.

“Se está caindo, deixe cair”, diz ela na faixa que abre o álbum, a positiva “Build It Better”, para logo depois emendar “quando tudo desabar, você tem que construir tudo melhor”. E foi o que ela fez.

Há certo ar de triunfo neste disco, como expresso na segunda faixa “Nothing Missing”, composta com KT Tunstall, que traz a pegada pop-rock noventista que tornou Natalie um sucesso internacional na época. No entanto, a australiana também vocaliza suas fragilidades, como nas acústicas “Just Like Old Times” e “When You Love Too Much”, inegavelmente um de seus pontos fortes como cantora.

Na segunda parte do álbum, Imbruglia explora novas sonoridades, fruto da excelente parceria com Romeo Stodart, da banda The Magic Numbers. O resultando são faixas mais próximas do rock alternativo, como “Human Touch” e “Change of Heart”.

A versatilidade da artista ainda está presente em canções como a doce “What It Feels Like”, a radiofônica “On My Way’, a oitentista “Maybe It’s Great” e a pesada “Dive To The Deep”, onde revela outra de suas facetas como compositora, a obscuridade de muitas de suas músicas.

Firebird tem um equilíbrio difícil de se atingir, Natalie consegue soar ao mesmo tempo familiar e diferente, frágil e empoderada, repassando o passado e explorando o novo. Os fãs com certeza poderão identificar um pouco de cada álbum anterior dela ao longo das faixas, além da segurança vocal e a interpretação sensível da australiana.

Parece que o tempo fez muito bem para ela, não somente em sua beleza, que continua jovial e encantadora, mas também musicalmente, onde evidencia estar em seu auge. Como a mesma diz na misteriosa faixa que dá nome ao álbum, “o tempo para mim apenas começou”.

Que assim seja!

sábado, 2 de outubro de 2021

Rétine

Um dos maiores nomes da música pop francesa desde 2016, quando representou a França no Eurovision, o cantor Amir acabou de lançar um novo single, intitulado "Rétine". 

Essa é a primeira música inédita revelada da nova edição de seu mais recente álbum Ressources, o terceiro de sua carreira.

A balada ao violão traz Amir em seu melhor estilo, com sua voz suave e rouca, remetendo a um de seus maiores sucessos,"Longstemps" de 2018. 

Para quem ainda não ouviu falar, vale à pena ouvir cantar!

terça-feira, 29 de junho de 2021

Build It Better

Natalie Imbruglia está de volta, após 6 anos sem lançar nada. Seu novo single "Build It Better" foi lançado este mês e traz uma mensagem de força, para tempos tão obscuros. 

O clipe foi gravado na Inglaterra e conta com elementos já vistos em outros vídeos da cantora, como "Shiver" (2005) e "Wild About It" (2009). A beleza da australiana continua igualmente encantadora.

"Build It Better" é a primeira música de trabalho do novo álbum de Natalie, intitulado Firebird, que será lançado em setembro.

Nothing lasts forever!

domingo, 2 de maio de 2021

Anitta resgata imagem do Brasil em novo clipe

O mês de abril não foi nada bom para o nosso país. A explosão em casos de infecção e mortes por Covid-19, sem uma ação convincente do governo federal, aliada à má reputação deste mesmo governo na preservação da Amazônia, tornou a imagem do Brasil extremamente negativa mundo afora, apesar das promessas vazias do atual presidente na Cúpula do Clima.

Nesse contexto, virou notícia a troca de farpas na internet entre o atual ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, e a pop star Anitta. Na verdade, não é de hoje a postura crítica da cantora em relação à política ambiental do governo, como você pode conferir nesta matéria. Parece que Anitta achou uma causa para chamar de sua, aproveitando a plataforma como artista internacional para falar sobre ela.

Mas, curiosamente, o maior favor que a cantora fez ao país foi em seu novo clipe “Girl From Rio”. A imagem do Brasil está tão abalada lá fora, que qualquer mensagem positiva sobre os brasileiros é um alento. E a sensação é que Anitta fez um clipe por encomenda para a missão de lembrar que o Brasil é mais que Coronavírus e destruição ambiental.

Em “Girl From Rio”, a carioca não poupou valores positivos à brasilidade, mesmo que a maioria sejam clichês já bem conhecidos no exterior. Mas, em um momento como este, concordo com Anitta que devemos atacar com tudo que temos para salvar nossa imagem da fogueira.

De cara, ela joga um sample de “Garota de Ipanema”, em uma ambientação anos 50/60, que traz um cativante ar retrô, e uma familiaridade instantânea a quem assiste. Passando para os tempos atuais, uma divertida cena dela saindo com uma galera do ônibus para a praia, esbanjando sensualidade. Daí para frente, é marca registrada do Brasil atrás da outra: sol, biquíni, coqueiro, mar, corpos morenos, bronzeados, festa, futebol e muito sex appeal.

A mistura do pop com o retrô, numa batida trap music, bastante dominante no cenário internacional, faz da música uma prato cheio para o verão no hemisfério norte. Na esteira do sucesso internacional de seu último single “Me Gusta”, com a americana Cardi B, Anitta aposta no melhor que os gringos conhecem do Brasil para apaixoná-los, e resgatar sua admiração por este país que tanto tem a oferecer ao mundo.

A julgar pelos números alcançados em streamings e visualizações, além dos inúmeros reacts de gringos no Youtube, Anitta está sendo bem sucedida em sua missão de salvar a imagem do país, mesmo que não renovando-a. Afinal, temos muito para reconstruir daqui para frente!

domingo, 28 de fevereiro de 2021

Xeque-Mate

No Carnaval de 2002, o Brasil passava por uma situação muito parecida com hoje: era o final do governo FHC e o país estava imerso numa crise econômica, com alto desemprego e perigo de apagões.

Éramos uma nação empobrecida e endividada, principalmente com o FMI, que impunha uma agenda de austeridade, com cortes em direitos sociais e privatizações para lá de suspeitas.
Em São Paulo, a Gaviões da Fiel foi a escola campeã do desfile, com um enredo que fazia um paralelo entre a história do jogo de xadrez e o jogo das relações econômicas no Capitalismo, que nos deixava em xeque-mate, e com um samba que para mim é pura força, esperança e poesia.
"O meu país-menino vai mudar e a felicidade há de brilhar".
Tudo o que precisamos para hoje! <3


segunda-feira, 7 de setembro de 2020

O que deu errado com o Brasil?

Essa é a pergunta que Ciro Gomes, terceiro candidato mais votado nas eleições presidenciais de 2018, tenta responder com este novo livro “Projeto Nacional: o Dever da Esperança”, o quarto de sua carreira como professor, escritor e administrador público.

No livro, Ciro mostra, primeiramente, que o Brasil não é algo desconhecido para ele. O paulista-cearense explana, com toda segurança e fluidez do mundo, sobre diferentes áreas da economia, indústria, cultura, política, história, entre outras, relacionando todas elas sob este imenso guarda-chuva chamado Brasil.

Por isso, a resposta que ele dá para a pergunta acima é complexa: não foi somente uma coisa que deu errado. Como um paciente acometido por uma síndrome aguda, o país sofre de diversos sintomas que precisam ser estudados e tratados. Mas o nome da doença, ele diz ter encontrado: anemia causada pela falta de um projeto nacional de desenvolvimento (PND).

Na primeira parte do livro, Ciro faz um diagnóstico preciso, com números e dados, sobre a situação do país. Perpassando quase um século de história econômica, ele volta às raízes do desenvolvimentismo nacional, mostrando como o Brasil se tornou uma das maiores economias do planeta.

Ele também fala sobre as crises econômicas, os governos pós-redemocratização e os anos mais recentes da vida do país, sempre com uma visão ao mesmo tempo crítica e analítica, buscando mostrar onde estão os erros e as causas da nossa debacle políticossocioeconômica.

Mas o livro não é somente sobre erros, mas também sobre acertos: o que deu certo para o Brasil ter sido o país que mais cresceu no século XX, e o que é preciso fazer, segundo sua análise, para ele voltar para os trilhos.

Da metade para o final do livro, Ciro Gomes apresenta a sua proposta. Segundo ele, se em 2002, houve a tal “carta aos brasileiros” do PT, ele escreveu um “livro aos brasileiros”, com a diferença de não haver promessas, mas um projeto nacional-desenvolvimentista.

Ciro apresenta um projeto completo, com metas, métodos, desafios, estratégias, de onde virá o dinheiro e onde ele será gasto. E é daí que eu pego o maior acerto e o maior “erro” do livro: talvez, seu maior acerto, além do diagnóstico, seja propor reformas claras e bem embasadas para o país, sempre com um foco no realismo fiscal e na justiça social.

Para mim, o que faltou foi uma maior explicação sobre as metas: ele diz que o projeto visa dar ao Brasil, em até trinta anos, indicadores socioeconômicos similares aos da Espanha, um de seus modelos de crescimento com bem-estar social. No entanto, não detalha a fundo quais são numericamente os indicadores, não dando nem ao menos um ano de referência, o que me faz acreditar que sejam os da Espanha de 2019, ano em que o livro foi escrito.

Ciro não se delonga também em como este projeto pode ser continuado, a longo prazo, com as futuras alternâncias de poder no país, já que uma de suas propostas para a reforma política é o fim da reeleição para cargos no Executivo. Talvez, tenha segurança na aprovação popular após os resultados começarem a aparecer, como é hoje no Ceará, o estado com a melhor educação básica do país.

Apesar das lacunas, Ciro é convincente em sua proposta e nos desperta, se não a esperança, mas a curiosidade de ver como seria ter este projeto implementado, seja com ele ou outra pessoa como presidente. Uma coisa é certa: estaríamos muito melhor do que estamos hoje.

domingo, 31 de dezembro de 2017

I Wish U Heaven

Sem novidades desde 2012, o australiano Darren Hayes acaba de lançar uma versão cover da música "I Wish U Heaven" de Prince.

Hayes, que é fã declarado do cantor, falecido em 2016, já havia gravado uma versão ao vivo da música lá por 2003, mas desta vez ele fez uma nova versão em estúdio, para um álbum tributo de mesmo nome com a participação de diversos artistas.

Confira abaixo a belíssima canção:



Melhores Músicas de 2017

Aqui vai uma playlist especial das 17 músicas lançadas em 2017 que mais ouvi no Spotify!



Sobe o som!

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Vai Malandra

O novo single de Anitta mal completou uma semana de lançamento e deu tanto pano pra manga que já deve ter até dissertação de mestrado sobre ele. Mas, polêmicas e discussões à parte, Anitta fez o que se espera sempre de um artista: surpreendeu.

Surpreendeu, primeiramente, pela música: uma boa mistura de funk, pop e hip hop, que soa extremamente catching e divertida. Mas, o grande assunto envolvendo este lançamento é o videoclipe. Seguem algumas considerações:

É simplesmente impossível passar indiferente ao vídeo de Vai Malandra. Primeiro, pela sexualidade exuberante que Anitta pegou do funk e usou sabendo exatamente o que fazia, já que é algo que ela conhece bem. Segundo, pela realismo do morro carioca, outro velho conhecido dela, que é mostrado de forma descontraída, com as garotas bronzeando-se na laje e o batidão à noite.



Talvez, a única crítica que eu teria ao clipe é que ele exala tanta sexualidade que a música acaba ficando em segundo plano à primeira vista. Mas, ao mesmo tempo, não tem como retratar um funk "safadinho" e o morro carioca sem desinibição, corpos sarados e (muito) calor.

Para quem gosta de Anitta, o vídeo foi um prato cheio e um verdadeiro presente da cantora, especialmente para quem a acompanha desde as épocas de MC do funk. Para quem não gostou de nada, na própria música ela já deixou o recado: "não vamos parar, você vai aguentar".

Hot!